Oficinas da metodologia Mapeamento Coletivo IPPCS com utilização do Geoprocessamento para acadêmicos indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais

DIAS 13 E 14 DE SETEMBRO DE 2024.

CAMPUS CCSE-UEPA.

Prezados (as) acadêmicos (as) comunitários da equipe central do IPPCS. Comunica-vos a participar do treinamento/ oficinas direcionadas a georeferenciar/geoprocessar mapas / croquis de mapeamentos coletivos no âmbito interdisciplinar das áreas de conhecimento científico centrais que englobam o nosso projeto reatualizado Laboratório de Comunicação social e práticas comunicacionais científicas comunitárias- Agenda Mapas de produção, idealizado pela profa. Dra. Alanna Souto Cardoso (IPPCS/ FÓRUM PARAWARA DE INDÍGENA em contexto urbano, ribeirinho e rural) e a profa. Dra. Ana Prado (FACOM- UFPA). Com destaque para os profissionais das áreas : saúde coletiva ; farmácia; pedagogia/ educação popular , geografia/ história , economia comunitária/solidária e criativa ; e acadêmicos da comunicação comunitária.

Dias : 13 e 14 de setembro de 2024. 

Dia 13 de setembro. 

Horário : 9h às 11h30. Tarte: 13h30 às 17h30. 

Prof. Sérgio.

LOCAL: 

LABINF I – Localizado no Bloco III – 2º piso. Campus CCSE-UEPA. 

Dia 14 de setembro de 2024.

8h30- Orientações em sala de aula , prof. Hélio.

Saída para campo. Pesquisa de campo , 

Mapeamento coletivo das benfeitorias/ roças de produção- Comunidade Maria Petronília.

 Atividade com liderança da produção da economia comunitária local.

Intervalo para almoço: 12h

RETORNO

LOCAL :LABINF I – Localizado no Bloco III – 2º piso. Campus CCSE-UEPA.

Retorno para a sala de aula às 14h. Finalização às 18h.LOCAL: CAMPUS DO CCSE. UEPA.


TURMA : Vagas preenchidas. Equipe central do projeto.

LOCAL: LABINF I – Localizado no Bloco III – 2º piso. Campus CCSE-UEPA.

Parcerias: CAMPUS CCSE/UEPA/ FACOM-UFPA/ PPGED/CÁTEDRA PAULO FREIRE-UEPA; PPGG-UEPA E O CENTRO DE CULTURA LIBERTÁRIA DA AMAZÒNIA– CCLA.

CAD (Coordenação administrativa) -UEPA. Profa.Dra Ádila Varela.

Direção do CCSE-Prof. Dr. Anderson Maia.

Reitoria: Prof. Dr. Clay Chagas.

APOIO/ INCENTIVOS- EM CONTRUÇÃO COM MANDATOS PARLAMENTARES ALEPA.

UMA ARTICULAÇÃO DEPUTADO ESTADUAL DIRCEU TEN CATEN (PT) E DEPUTADO ESTADUAL BORDALO (PT).

CÂMARA FEDERAL/ SENADO: EM DIÁLOGO DE TRATATIVAS.

PLANO DE AULA 

Plano de Aula:

Oficinas da metodologia Mapeamento Coletivo IPPCS (Instituto de Pesquisa do Projeto Cartografando Saberes- Utilização do Geoprocessamento para Comunidades Tradicionais.

Público-alvo: Educadores (as) comunitários (as) advindos de Comunidades tradicionais (ribeirinhos, quilombolas, indígenas, etc.) associados ao IPPCS e ao Fórum Parawara de indígena em contexto urbano, ribeirinho e rural em parceria colaborativa dos espaços da UEPA, PPGED/ UEPA/ NEP/ UEPA E PPGG-UEPA.

LOCAL: 

LABINF I – Localizado no Bloco III – 2º piso, CAMPUS CCSE-UEPA. "Neste laboratório tem vários softwares educativos e um kit de Robótica da Lego. O Laboratório fica aberto nos horários da manhã, tarde e noite com o objetivo de atender a Comunidade Acadêmica na utilização das máquinas" .

Liberação das oficinas para Equipe central do projeto da AGENDA Ippcs/ Uepa/ Ufpa/ Sudam. Prof. Adila - Cad/ Uepa. Direçao do Campus do CCSE- Anderson Maia.

Calendário das oficinas: 13 e 14 de setembro de 2024. 8 h por dia. Carga horária das duas oficinas articuladas 16 horas.

Objetivo Geral: Capacitar os participantes associados do Instituto de Pesquisa do Projeto Cartografando Saberes e Fórum Parawara de indígena em contexto urbano, ribeirinho e rural para o uso básico de ferramentas de geoprocessamento em atividades de mapeamento coletivo, permitindo a identificação e representação de elementos/ produções importantes do território, do patrimônio comunitário e/ou detectar espacialmente no corpo-território questões sociais e de saúde em diversas situações históricas da produção e ocupação no espaço-tempo das comunidades.

Facilitadores:

  • Sérgio Silva – Mestre em Geografia (PPGG - UEPA).
  • Hélio Morais – Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (IG-UFPA). Grupo de geografia comunitária do CCLA- Centro de Cultura Libertária da Amazônia.

PRIMEIRO DIA 13 de setembro de 2024- Teórico

Manhã e tarde. 8 horas.

1. Boas-vindas e introdução ao mapeamento participativo

  • Acolhimento dos participantes e apresentação dos facilitadores.
  • Breve explicação sobre o que é mapeamento participativo e sua importância para a comunidade.
  • Exemplos de mapeamentos participativos realizados por outras comunidades.

2. Introdução ao Geoprocessamento

  • Apresentação básica do conceito de geoprocessamento.
  • Demonstração de uma ferramenta de software livre (como QGIS).
  • Criar e editar arquivo shapefile.
  • Criar shapefile a partir de coordenadas.
  • Simbologia e rotulação.
  • Unir tabelas.
  • Calculo de área.
  • Mudança de projeção.
  • Dowload de imagens de satélite nos principais repositórios.
  • Layout de impressão.

3. Identificação dos elementos do território a serem mapeados

  • Discussão coletiva para identificar os elementos importantes do território (rios, trilhas, áreas de uso, etc.).
  • Definição de quais elementos serão priorizados na atividade prática.

SEGUNDO DIA – Empírico 14 de setembro de 2023.

Ponto de encontro UEPA – CCSE : 8h30.

C.H- 8 horas.

MANHÃ.

4. Prática: Coleta de dados em campo

  • Demonstração do uso de GPS ou aplicativos de smartphone para coleta de dados geográficos (Avenza, por exemplo).
  • Saída a campo (ou simulação) para coleta de pontos de interesse previamente definidos.
  • Retorno para a sala para transferir os dados coletados para o computador.

Intervalo para almoço.

Tarde: Das 14h às 17h.

5. Criação e edição de mapas

  • Importação dos dados coletados no software de geoprocessamento.
  • Usando o openstreet (plug-ins).
  • Importar kml (salvar para shp).
  • Importar imagem "georreferenciada" para o QGis.
  • Mosaico de imagens.
  • Layout de mapa/impressão.
  • Edição básica dos mapas, incluindo os elementos coletados em campo.
  • Discussão coletiva para validar o mapa criado e fazer ajustes necessários.

6. Encerramento e avaliação

  • Reflexão sobre o processo de mapeamento coletivo realizado.
  • Discussão sobre possíveis próximos passos e como os mapas podem ser utilizados pela comunidade
  • Produção dos mapas de planejamentos da Agenda Mapas de produção e mapas etnohistóricos
  • Avaliação da oficina pelos participantes.

7. Materiais necessários:

  • Computador com software de geoprocessamento (QGIS) instalado ou instalação no início da oficina.
  • Dispositivo GPS ou smartphones com aplicativos de coleta de dados geográficos.
  • Local com acesso a internet. UEPA.
  • Projetor e tela para as apresentações.
  • Materiais de apoio (canetas, flipchart, papel, etc.).

7. Resultados esperados:

  • Participantes familiarizados com o uso básico de geoprocessamento.
  • Criação de um mapa inicial com os principais elementos do território, conforme identificados pela comunidade.
  • Produção dos mapas de planejamentos da Agenda Mapas de produção por regiões , povos indígenas e comunidades tradicionais.
  • Reflexão sobre a importância do mapeamento coletivo para a gestão do território.

Esse plano de aula condensado permite que, em um curto período, os participantes adquiram conhecimentos práticos e saiam da oficina com um produto concreto (um mapa) que reflete o entendimento coletivo do território.

OBS.: ESTRATÉGIAS TEÓRICO-METODOLÓGICA UTILIZADAS ARTICULADAS JUNTO COM AS TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO COLETIVO/ COMUNITÁRIO.

- A HISTÓRIA ORAL E A EDUCAÇÃO PATRIMONIAL COMUNITÁRIA NA PRODUÇÃO DE UMA CARTOGRA HISTÓRICA DAS (R) EXISTENCIAS

  • A importância da História oral para produção de conhecimento comunitário em situações de conflito: O processo de elaboração dos inventários ensaísticos para elaboração de mapas do Patrimônio Histórico cultural e socioambiental: Demarcando política pública, a memória e a educação popular.
  • Em relação ao direito à cultura ou ao patrimônio cultural, Maria Coeli Simoes Pires (2015), ajuda-nos entender a definição de Patrimônio Cultural no sentido lato, sustenta-se seus enquadramentos, também, na mesma geração, por meio de duas vias argumentativas: o de suposta integração do patrimônio cultural ao meio ambiente, bem como diretamente do caráter difuso da fruição desse patrimônio na sua dimensão autônoma.
  • Neste sentido o fenômeno da globalização não se estrutura em fortalecer essa dimensão de autonomia do patrimônio comunitário, tendo em vista que se estrutura em redes sociais complexas que ao permitirem acesso amplo a informação, também, atua como poderosos instrumentos exportadores de padrões comportamentais e valorativos. O impacto entre esses bens imateriais e materiais que demarcam o Patrimônio Histórico cultural resulta no enfraquecimento dos valores ainda não consolidados por sua sociedade de origem, ou simplesmente, na quebra de autonomia, da liberdade e da situação de igualdade que devem ser reciprocamente reconhecidas a todos os membros de uma comunidade, de forma, coletiva ou solidariamente. Tal quadro de "colonialismo intelectual" é um forte fator de alienação cultural, de consequências gravíssimas, sobretudo, em situações específicas no que diz respeito à integração e a autonomia dessas sociedades (Pires, 2015, p.66- 67).
  • A história oral e as práticas dialógicas da educação popular nas entrevistas dos sujeitos coletivo, no mapeamento coletivo. LEVANTAMENTO DOCUMENTAL DA CARTOGRAFIA HISTÓRICA DOS CONFLITOS articulado com os testemunhos orais de práticas espaciais quilombolas e grupos indígenas que se rearticularam enquanto comunidades acossadas em inúmeros processos de territorializaçao, em especial, diante das formações das vilas e da expansão dos engenhos em regiões que se destacaram enquanto primeiros núcleos coloniais por meio das concessões das cartas de sesmarias e na produção de bens culturais. Destacando-se enquanto regiões mais antigas de formação de quilombos e comunidades ribeirinhas: Região Guajarina e Baixo Tocantins.
  • "Em muitos lugares da nossa América se chama esta técnica de "mapeamento participativo ", denominação que não nos satisfaz plenamente por considerarmos que o participativo "implica somar-se a algo pré-existente, enquanto os mapas coletivos se geram durante o espaço de criação colaborativa e são representações originais e particulares. Outros conceitos associados a esta modalidade de trabalho são: cartografia social/crítica/contracartografia/descartografia, etc., todas denominações que tem sua própria justificativa e que apresentam diferenças válidas e interessantes". Grupo Iconoclasistas (Laboratória de Comunicacion y Recursos Contrahegemonicos de Libre Circulacion, da Argentina).